domingo, 22 de agosto de 2010

Enfim, alvorada.

Aqui os galos persistem.
Mas em alguma alvorada me fiz longe de ti.
Não percebi se,após esta noite, tu te fez longe de mim. Ou me fiz.
Posso ainda sentir o macio do teu lábio.
E meu medo é disto ser apenas uma imaginação do que eu quisera que tivesse acontecido, ou se de fato está em minha lembrança. Na lembrança de ti, um dia, amanhecido em mim.

Um comentário:

  1. A mente e o sentidos parecem, cada qual à sua maneira, estar sempre dispostos a dar uma rasteira um no outro. Nós, que ficamos entre essas levadas faculdades, é quem pagamos o pato: sofrendo, nos enganando, querendo acreditar no evidentemente falso.
    Mas, claro, eles dois não são nada sem nós, que sentimos, sofremos...Enfim, essa relação entre um "nós" e aquilo que recebemos, seja dos sentidos ou da mente, dá muito o que falar... Gostei da maneira que terminou, pois pareceu fazer uma síntese de todas essas instâncias e que em conjunto produzem um lado mais humano, mais plural.
    Sobre alvorada também postei um texto, se quiser lê-lo me sentiria honrado. Abraço e até a próxima!
    http://traindoagramatica.blogspot.com/

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