domingo, 12 de setembro de 2010

Todo Dia.

E esta sensação de vazio que insiste em ficar.
As vezes parece dar trégua, mas na verdade é porque eu me forço a ignorá-la para ao menos tocar mais um dia.
Essa chuva que não passa.
O meu vazio se alimenta de escuridão. Basta começar a chover. Pior ainda se a chuva adentra a noite. O vazio cresce, fica forte. Não sei o que é pior, o crescente barulho da chuva em minha janela ou o silencio ecoante do vazio em minha alma.
Talvez, se eu conseguisse ser mais sincero, prático, verdadeiro, plausível e crítico comigo mesmo eu me tornaria mais agradável. E um dia eu conseguisse respirar. Ou não.
Porque, alguém com tantos vazios, sonha em mal poder respirar, de tão cheio.
E mesmo vazio, eu tenho que respirar. Todo dia.

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